Que
doa, mas que se cure
Ferida
aberta
Que
arda, mas cicatrize
E
se costure
Os
olhos da cara;
Ainda
que cegos
Que
se fortaleçam
As
mãos e os peitos
E
que o medo, mesmo cortante
Não
seja mais
Que
medo
Que
sangre, mas que sossegue
Os
calafrios
Que
retorça e que lateje
Mas
deixe livre
O
suor da pele;
Mesmo
febris
Que
não descansem
Línguas
e lábios
E
o desamor, mesmo cruel
Não
seja mais
Que
medo
Possa
a mesmice
Massacrante
Não
iludir
Nem ser
masmorra
A
nenhum grito
Queimadura
lave o corpo
E
deixe escrito:
“Ainda
não,
Ainda
não”
Nenhum comentário:
Postar um comentário